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Mundo Cão (Letra) – Koab
Letras da musica:
(parte1):::
Mundo cão, “várias situação”
Libertando as presas e aprisionando o coração (jão)
E a visão contesta a informação
Imposta e distorcida pela televisão

Jão!
E nos ano de eleição
Bem vestidos publicitários te mostram a solução
(só que não!)
É tudo ilusão
Vê a fadiga gasta pelas bocas dos ramelão

Então cuidado menina, menino que não assimila
Os vermes de nós
Chegando na estica, gravata e cartilha
Mente com malicia e calar nossa voz

A gente se fode, pensando em pagode
Mas “comé” que pode isso acontecer
A gente não corre, samu não socorre
E a gente engole esse vermes “aí”

Pois não ligamos nem nos importamos
Só nos preocupamos com o nosso cash
A cara viramos, nos acorrentamos
Enquanto as crianças sem vagas em creches

A culpa é nossa de estar nessa bosta
Filhos sem escolas
Deixamos pra lá
Enquanto a merda da seleção joga
E é mais importante do que nosso lar

(refrão):::
Mundo cão, mundo cão
Realidade sem distorção
Mundo cão, mundo cão
Vai alem da nossa visão

(parte2):::
Então se liga tio na verdade dita aqui
Todos temos culpa do que está acontecendo aqui
E não adianta apontar o dedo ali e aqui
Tudo começa e termina aqui

Fi
Cuidado com que acontece na madrugada bebe
No outro dia esquece e a família desmerece
Sua alma apodrece com atitudes pestes
O demônio aparece e na mente comparece

Te peço atenção por um minuto só
Saída não é álcool, erva, crack e muito menos pó
Pois nesse cenário o inimigo não tem dó
E no final vamos ver quem vai sair daqui pior

Filho mata pai, pai mata filho
Século 21, século de exílio
Chacinas semanais na madrugada fria
Em frentes a botecos, casas ou pizzaria

Mundo cão, gênero de terror
Filme de sexta 13 chega ser de humor
Mundo cão, gênero de terror
Sem dia pra acabar a guerra só começou

(refrão):::
Mundo cão, mundo cão
Realidade sem distorção
Mundo cão, mundo cão
Vai alem da nossa visão

Mesmo Sem Asas (Letra) – Koab
Letras da musica:
(refrão):::
Sonho aquecido, me aqueça mais
No inverno ou verão, me aqueça mais
No céu ou no chão, me aqueça mais
Me aqueça mais

(parte1):::
E eu cansei de ser refém desse mundo
De me sentir pra baixo, de me sentir bem la no fundo
Mesmo sem asas eu quero aprender a voar
Mesmo em estado físico, quero me transformar
Em algo mais, em algo a mais se puder mais
Sem precisar desfazer o que o outro faz

Respeito eu peço, lutar pra isso
Igual ao sabotage, ao rap que é compromisso
Respeito, igualdade, invada a sua vida em forma constante
Felicidade exalada e seja marcada só por um instante
Sigamos em frente, invadamos as mentes
nem que por um segundo
Implantamos sementes, colhemos na frente
e salvaremos o mundo

(refrão):::
Sonho aquecido, me aqueça mais
No inverno ou verão, me aqueça mais
No céu ou no chão, me aqueça mais
Me aqueça mais

(parte2):::
E o rap não para, mesmo que asas não crescem
E tudo que se amarga uma hora adormece
E se hoje a tristeza é que prevalece
Guarde tudo numa caixa e vê se esquece
Corra atrás de um sonho, atrás de um motivo
Um que lhe faça bem, que te faça se sentir vivo
E se nada faz sentido, escute o coração
Que cada batida dele se torne sua própria inspiração

(refrão):::
Sonho aquecido, me aqueça mais
No inverno ou verão, me aqueça mais
No céu ou no chão, me aqueça mais
Me aqueça mais

(parte3):::
Somos loucos fora do ninho
Procurando um caminho certo
Pois nem todo louco é esperto
E a mente viaja, nosso corpo flutua
Pensamentos la longe com os pés no chão da rua
Pois é!
Quanto vale cada minuto?
Cada sonho? cada palavra? cada assunto?
E jamais irei desmerecer
O homem que batalha pra ter o que comer
As asas são menores do que a de um gavião
O combustível é o corpo, alma e coração
Liberdade na mente, fé na caminhada
Família e Deus presente e não preciso mais de nada

(refrão):::
Sonho aquecido, me aqueça mais
No inverno ou verão, me aqueça mais
No céu ou no chão, me aqueça mais
Me aqueça mais

“é necessário o coração em chamas
para manter os sonhos aquecidos”

Deixa a Criança (Letra) – Koab
Letras da musica:
(parte1):::
Quando uma criança nasce, uma esperança vem
Mas se a criança morre ela morre também
E o sistema quer que ele saiba matar
Que pegue numa arma e não queira estudar

O sistema cria uma criança assassina
E outra totalmente entorpecida
Enquanto eles tiram essas vidas
O lucro só aumenta no bolso dos egoístas

Prostituição infantil
Vivendo enjauladas como cães em um canil
Cadeia alimentar
Na escala mais baixa, mas ali que elas devem estar

Até parece paranoia, totalmente loucura
Louco ou sã não há solução de fuga
Sem nenhuma comoção ou sentimento de culpa
Agem como irracionais “uma páh” de filhas da

(refrão):::
Vai e deixa a criança brincar
E deixa a criança sorrir
E deixa a criança sonhar
E deixa a criança

(parte2):::
Era uma criança com nome joão paulo
Abandonada pelos pais em frente ao orfanato
E aos 7 anos seria transferido
Mudança radical pra aquele menino

Como pode abandonar, não ter como cuidar
É uma criança tem que conscientizar
Me lembro bem daquele rosto inocente
Pedindo colo, menino carente

Hoje ele se encontra com 13 ou 14 anos
E minha vontade é o encontrar e ver como esta levando
A vida que lhe foi distorcida
Que teve um rumo diferente e não seguiu a rotina
Do filho do patrão e de muitos no mundão
Mas parece que pra ele foi só condenação
Mas la no orfanato ele era só mais um
E infelizmente em um cenário comum
Mas não feliz e sim um cenário triste
E eu vi a prova que isso existe

Hoje mesmo eu vi um menino lá no centro
Andando e vendendo água, bolacha e mentos
Chinelo havaiana azul e branco
Aquele mesmo de mile duque, mile anos

Via no rosto dele expressão de humilhação
Do próprio povo que também sofre com opressão
Que por ignorância não enxerga a vitima na sua frente
Gritando por socorro amarrado na corrente

A criança só é notada quando chora
Quando apronta ou quando é achada morta
Mas ai já é tarde de mais
E mais uma alma divina é deixada pra trás
Mas na esperança que agora já mais não sofra
E que Deus puna o causador dessas escolhas

(refrão):::
Vai e deixa a criança brincar
E deixa a criança sorrir
E deixa a criança sonhar
E deixa a criança

Letras da musica:
“a humildade
Faz o homem pela sua dignidade
Que mesmo com barreiras em sua frente
Não fecha os olhos pra liberdade… ”

Aqui a humildade nunca será de mais
Onde o filho tem orgulho de ser comparado ao pai
Mas um dia chora sem soltar a voz
Quando a saudade ficará na ausência do seu herói
Vitima da corrupção sem sua diplomação
Não importa a cor, mas é mais um trabalhador no chão
Um trabalhador que não usa terno
E se for preso não tem regime semiaberto

Sempre fazendo todo dia algo que não gosta
Pra ser tratado, taxado e chamado de bosta
Até chegar aonde muitos da gente erra
Ir à vida do crime ou ser mais um na face da terra?
Vem à revolta a rebeldia
Cansado do seu salário baixo e da sua rotina

Acorda cedo, busão lotado
Desce no ponto errado e ainda chega atrasado
Leva bronca do cusão do seu patrão
Que acha fácil com seu carro do ano e não paga condução

Irônico que joga tudo na sua cara
Tudo que tem enquanto você rala
E os falsos colegas que parece gente fina
Mas se da liberdade eles vem e pisam em cima
Mas se você não der boi não
Eles fazem a sua caveira pro seu patrão
Cada dia o medo de ser demitido
De não poder dar o arroz e o feijão para os seus filhos

Vida de mediocridade, realidade
Onde pobre ferra o próprio “irmão” só pra tirar vantagem
São fatos da correria de um trabalhador
Que encara as barreiras da vida que o homem criou

Não importa meu mano, não adianta fugir
Não há esconderijo que te proteja daqui
Dessa selva de concreto, cercas eletrizadas
Não é cela de cadeia, mas aqui é uma cilada

Nossa saída é trabalhar
Pois a liberdade talvez venha quando a morte cantar
Como robôs programados a fazer à mesma coisa
A gente é em carne, mas tratados como trouxas
Qual a opção? qual escolha?
Se falar um “a”, te mandam até calar a boca

Uma democracia desigual é irônico
Mas nesse mundo é apenas um pseudônimo
Humilhante ver assistir e viver
A forma que vivemos pra no final cada um daqui morrer

Me diz pra que isso então?
Uns seguram canetas de ouro
o outro com uma inchada na mão
Embaixo do mais ardente sol pode se ver
Se para um minuto, o patrão pergunta “por que? ”

É só analisar e querer enxergar
Não virar a cara pra poder encarar
Taxa da pobreza, taxa das burguesas
Vê quantos que têm um caviar sobre a mesa

Chega ser repetitivo dizer coisas banais
Mas só assim pra tu ver que as épocas são iguais
Pode ser que a escravidão não seja tão explicita
Mas é instigada ao se ver de forma implícita

Não é um reboot, mas começa do zero
E as consequências continua com esmero
Um espetáculo com aplausos no fim?
Mas que as noticias boas se espalhe mais do que as ruins