Marcos Violeiro e Cleiton Torres – Catador de Papel Letra

Catador de Papel – Marcos Violeiro e Cleiton Torres Letra:

Falando de rima em rima
Seguindo de verso em verso
Ando pelo universo
Vou transportando mensagens

Tantos fatos ocorridos
Com certeza não são poucos
Vou dizer um grande sufoco
Que se deu nessas paragens

É uma história verdadeira
É real, é comovente
Pois levou um inocente
Sentar no bando dos réus

Apenas por ter dinheiro
Um grã-fino importante
Tratou de modo humilhante
Um catador de papel

Lá pelas oito da noite
No centro da capital
Se julgando ser o tal
O grã-fino em seu carrão

Distraído em seus anseios
Uma barbeiragem grossa
Bateu em uma carroça
De papel e papelão

Já desceu com gestos rudes
Desfez do trabalhador
Que lutava com amor
Pra defender seu sustento

Quem mandou entrar na frente
E atravessar meu caminho
Já entendi direitinho
Você não passa de um jumento

A justiça é ligeira
Vem de onde não se espera
Trabalhador virou fera
E desarmou o cidadão

Tem riqueza e arrogância
Mas porém enxerga mau
É vaga pra especial
Onde estou, preste atenção

Minha vida é muito simples
Não conheço nenhum luxo
A carroça eu que puxo
Com carinho e diretriz

E ao falar da minha vida
Nos meus olhos veja o brilho
Pois tenho mulher e filhos
E a gente é feliz

Não entrei na sua frente
Essa é a realidade
Mas por não ter humildade
Você me tratou assim

Ninguém de nós é perfeito
Pra isto estamos vivendo
É errando e aprendendo
Que a gente avança um pouquinho

Esqueça e siga em frente
Aperte minha mão bem forte
Lhe desejo muita sorte
Tenho mais o que fazer

Me julgou ser empecilho
No seu caminho escolhido
Mas só carrego comigo
Alegria de viver

Marcos Violeiro e Cleiton Torres – Coisas da Roça Letra

Coisas da Roça – Marcos Violeiro e Cleiton Torres Letra:

Eu fui criado
Comendo beldroega e cariru
Fim de semana um frango caipira
E quiabo com angu

Tomava leite na beira do curral
Da vaca caracu
Pescava um peixe no poço da represa
Com vara de bambu

Boas traíras e fisgava o amarelo
Bagre do brejão
Para comer com arroz carioquinha
Socado no pilão

Tirava lenha da ponta da galhada
Cortada a machado
E na varanda tinha uma tábua cheia
De queijo curado

Anoitecia reunia os companheiros
Para uma trucada
Galinha gorda do terreiro do vizinho
Pra fazer a galinhada

Só percebia quando o galo cantava
Que já era madrugada
E assim seguia vivendo as coisas da roça
Com alegria redobrada
E assim seguia vivendo as coisas da roça
Com alegria redobrada

Eu fui criado
Comendo beldroega e cariru
Fim de semana um frango caipira
E quiabo com angu

Tomava leite na beira do curral
Da vaca caracu
Pescava um peixe no poço da represa
Com vara de bambu

Boas traíras e fisgava o amarelo
Bagre do brejão
Para comer com arroz carioquinha
Socado no pilão

Tirava lenha da ponta da galhada
Cortada a machado
E na varanda tinha uma tábua cheia
De queijo curado

Anoitecia reunia os companheiros
Para uma trucada
Galinha gorda do terreiro do vizinho
Pra fazer a galinhada

Só percebia quando o galo cantava
Que já era madrugada
E assim seguia vivendo as coisas da roça
Com alegria redobrada
E assim seguia vivendo as coisas da roça
Com alegria redobrada